Caixas eletrônicos são pesadelos para vizinhos em Mogi Mirim
quinta-feira, 12 de abril de 2012Uma alternativa que oferece comodidade para pagamentos e saques acabou se transformando em pesadelo para a população da cidade de Mogi Mirim. É a situação atual dos caixas eletrônicos pulverizados pelos bairros da cidade e atualmente alvo comum das quadrilhas de assaltantes.
Somente este ano, já foram cinco ataques a equipamentos, sendo dois a supermercados localizados fora da zona central da cidade. Diante disso, os moradores das regiões onde houve ataques vêm apoiando a retirada dos equipamentos que se transformaram em motivo de temor. Para o aposentado Oriel Medeiros, a oferta do serviço de forma pulverizada favorece a ação dos criminosos. “Infelizmente, tem que ser no centro da cidade, por mais que não seja cômodo para nós”.
Medeiros é morador na Vila Dias, nas proximidades do Supermercado Lavapés, cujo caixa sofreu dois ataques em menos dois meses. Ele relembra o pavor das noites das explosões. “A sensação é de insegurança por ser tão perto de nós. A polícia demora a chegar e quem garante que não haverá troca de tiros, podendo machucar crianças ou pessoas que estejam passando?”, questiona.
A dona de casa Maria do Carmo Arruda também acredita que a comodidade é secundária em relação à segurança. Moradora da zona Leste, ela conta que nunca se arriscou a utilizar os equipamentos fora das agências bancárias. “Mesmo nas agências, não me sinto segura. Procuro utilizar nos horários de expediente do banco e até evito sacar dinheiro. Pago tudo com cartão”, relata.
Já Mercedes Ferrete Pereira, que reside na Vila Dias, lamenta que o serviço de caixas eletrônicos esteja diminuindo. “É muito difícil depender de ônibus para ir até o centro apenas para realizar saques”, protesta. Ela também foi testemunha ocular do primeiro ataque sofrido pelo estabelecimento da Vila Dias. “Percebi que um carro escuro sondava o local o dia todo. Achei que planejavam um assalto a alguma residência”, lembra. Apesar do susto, Mercedes defende que a insegurança existe mesmo dentro das agências bancárias. “Na hora de sacar, eu levo meus filhos comigo porque não acho seguro”, conta.
Rede de supermercados retira os equipamentos por segurança
Os seguidos ataques aos caixas eletrônicos dos Supermercados Lavapés, tanto da unidade da Vila Dias quanto do bairro Tucura, fizeram com que a rede tomasse a decisão de retirar os equipamentos.
Segundo informou o gerente administrativo dos supermercados, Antônio Clarindo da Silva, o serviço deixará de ser oferecido por um período de experiência. “No momento, vamos ficar sem os caixas, até verificar se a onda de ataques à cidade será amenizada”, diz.
No Lavapés da Vila Dias, que sofreu ataques no ano passado e em fevereiro deste ano, os caixas já foram retirados, bem como no supermercado do bairro do Tucura, que mantém apenas um caixa do Bradesco no exterior do estabelecimento. Já na unidade da Vila Bianchi, que contava com um caixa do Banco do Brasil, houve a retirada logo após as explosões na loja do Tucura, em maio do ano passado.
Para Silva, a oferta do serviço tem sido mais um risco do que uma comodidade. “O cliente sente falta, principalmente nos bairros mais afastados, mas infelizmente não é seguro”, argumenta. O gerente conta que mesmo nas unidades da rede em outras cidades, os caixas vêm sendo retirados ou acomodados do lado externo dos estabelecimentos. “Mesmo onde não teve ataque”.
No Supermercado Silvestre, no Tucura, o luminoso que indicava a disponibilidade de caixas eletrônicos da Rede 24 Horas foi retirado, indicando que o serviço não volta a ser oferecido. O estabelecimento foi invadido no último dia 24 e os bandidos explodiram o caixa eletrônico do local.
Fonte: A Comarca
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