Consórcio atrasa salários e médicos param de atender em Mogi Mirim
terça-feira, 13 de novembro de 2012Atrasos nos salários de parte dos médicos contratados através do Consórcio Intermunicipal de Saúde “8 de Abril” vêm afetando os atendimentos na rede pública. Sem receber em dia, médicos deixaram de comparecer, prejudicando o atendimento à população.
O problema foi denunciado pela vereadora Maria Helena Scudeler (PSDB) na segunda-feira. O repasse de recursos da Prefeitura Municipal de Mogi Mirim para o Consórcio estaria regular. O Consórcio é presidido pelo prefeito de Itapira, Antonio Hélio Nicolau, e tem como secretário Aldomir Arenghi, que comanda a pasta de Saúde em Mogi Guaçu.
Arenghi reconhece que existe atraso nos pagamentos justificados por uma auditoria interna que vem sendo realizada. O procedimento teria comprometido a movimentação financeira em relação a pessoas jurídicas. “Realmente tem alguns atrasos porque o consórcio está sob auditoria e toda a movimentação está suspensa, com exceção da folha de pagamento de pessoas físicas”, argumentou.
Com isso, os médicos que emitem notas de prestação de serviços como pessoas jurídicas deixaram de receber. O problema atinge também o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Arenghi confirmou que alguns médicos socorristas também estão com os pagamentos atrasados.
A equipe de auditoria, argumentou o secretário, deve apresentar relatório parcial na próxima terça-feira, dia 13. Arenghi garantiu que, na mesma data, os pagamentos serão normalizados.
O Consórcio atende Mogi Mirim, cidade de Mogi Guaçu, Itapira, Conchal, Estiva Gerbi e Espírito Santo do Pinhal e é usado para contornar a dificuldade de preencher vagas em determinadas especialidades.
A diretora de Saúde de Mogi Mirim, Célia Dorázio, admitiu que o atraso nos pagamentos vem prejudicando o atendimento à população. “Em alguns casos sim, alguns médicos não estão comparecendo”, reconheceu.
Célia não informou o número de médicos que deixaram de atender e nem as unidades de saúde afetadas. Ao fazer a denúncia na Câmara, Maria Helena revelou que o problema atinge profissionais que atendem no CEM (Centro de Especialidades Médicas) e no PSF (Programa de Saúde da Família), na zona rural.
RELATÓRIO
Hoje será apresentado à Prefeitura o relatório parcial da auditoria. “Com isso, saberemos a real situação. O que está em atraso, quantos são os profissionais e por que o problema acontece”, disse Célia.
Ela negou que a Prefeitura esteja pagando por um serviço não prestado. “Quando eles (médicos) não vêm, eles não ganham. Os profissionais recebem por serviço prestado”, justificou.
Em agosto, Célia se reuniu com coordenadores do Consórcio para padronizar o processo de prestação de contas. “Encurtamos os procedimentos, já que as notas demoravam para chegar na Prefeitura e isso atrasava o repasse. Mas as reclamações de atraso continuaram, não sei o que aconteceu”.
Fonte: A Comarca
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