Depois de duas visitas dos alemães ao Brasil, foi a vez da cidade Mogi Mirim conhecer como o país europeu faz o tratamento de resíduos sólidos. Na viagem que se encerrou em 10 de setembro, a comitiva formada por representantes do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Municipal (Consab), o Chefe de Gabinete da Prefeitura de Mogi Mirim, Gerson Luiz Rossi Junior, o Diretor do Departamento de Meio Ambiente, Ivair Luiz Biazotto e o consultor ambiental do SAAE, Kurt Stuermer, trouxe informações importantes.

Em entrevista coletiva, Rossi Junior e Biazotto, destacaram a importância da visita, pois viram, na prática, quais tipos de usinas de tratamento de lixo existem na Alemanha e podem ser aplicadas em Mogi Mirim. Durante uma semana, foram visitadas quatro usinas que adotam padrões estabelecidos para o tratamento de resíduos sólidos: físico-biológico ou físico-mecânico. A princípio, segundo Rossi Junior, o padrão físico-mecânico pode ser adotado em Mogi Mirim.

Neste modelo é originado o combustível derivado de resíduos (CDR). “Uma máquina prensa o material e o transforma em uma espécie de produto granulado”, explicou Rossi. “O material depois é enviado para uma termoelétrica onde é produzida a energia”, complementou. Segundo ele, os alemães voltarão ao Brasil em dezembro para apresentar o pré-projeto do modelo mais viável para futura implantação na cidade.

O diretor de meio ambiente lembrou que até 2014, os municípios terão que ter em mãos alternativas modernas para a destinação do lixo. “A política nacional brasileira para resíduos estabelece que a partir desta data não pode ir para o aterro sanitário nenhuma espécie de lixo que possa ser reciclado ou sofrer algum tipo de tratamento”, explicou Biazotto. “Mediante esta situação foi muito oportuno Mogi Mirim buscar parcerias a fim de viabilizar o tratamento para o lixo”, complementou Rossi Junior.

Quanto à viabilidade para a construção da usina em Mogi Mirim, Rossi Junior informou que a Prefeitura deu um importante passo e deixará para os futuros governos a proposta delineada.

Toda a negociação é resultado de uma parceria entre Mogi Mirim (integrante do Consab), a empresa alemã Dorsch Gruppe e a Universidade de Rostock.

Fonte: Prefeitura de Mogi Mirim