Mogi Mirim: Ministério Público investiga onda de crimes no Santa Cruz
quinta-feira, 17 de novembro de 2011Em meio às reclamações de moradores do bairro Santa Cruz, na Zona Oeste de guia Mogi Mirim, cansados da nova onda de crimes que estariam sendo cometidas por menores integrantes do regime semi-aberto da unidade da Fundação Casa, antiga Febem na região, o Ministério Público, por meio do promotor Rogério José Filócomo Júnior, investiga as ações. Segundo Filócomo, cópias dos boletins de ocorrência foram pedidas.
“Solicitei os B.O’s referentes aos roubos e furtos e posteriormente questionaremos a direção da entidade do porque destes alunos estarem nas ruas”, pontuou o promotor, que prosseguiu. “Oficiei também um questionamento sobre o alto número de faltas dos menores da Fundação Casa nas suas escolas. O que a direção tem feito para evitar estas faltas? Temos denúncias que os menores chegam à escola, esperam o monitor sair e fogem. Se isso for verdade, que façam o monitor ficar na sala de aula, porque estes jovens estão cumprindo medidas e precisam ser exemplo para permanecer com o direito da semi-liberdade”, frisou Filócomo.
De acordo com o promotor, caso os menores descumpram seus deveres e pior, se os crimes forem confirmados, um pedido para que eles retornem ao regime de internato pode ser solicitado. Porém, para Filócomo o maior problema é que a situação parece quase sem solução definitiva. “Enquanto a unidade existir na Santa Cruz, haverá o mesmo número de menores, pois se pedimos a regressão ao regime de internação para três, por exemplo, abrirá outras três vagas, que serão preenchidas. Isso é como enxugar gelo”, definiu o promotor.
MUDANÇA
Com relação à saída da unidade da Santa Cruz para outra região, Filócomo reiterou o posicionamento favorável, mas enfatizou que a mudança passa pela mão do poder executivo. “As questões que envolvem a mudança é política. Se a prefeitura entender que o local não é adequado, que as condições não são corretas, ela pode solicitar a mudança em acordo ou até mesmo interditar o local”, observou o promotor.
Filócomo destacou também o papel dos vereadores, que podem exercer o papel de fiscalizadores e pressionar a administração a levar a unidade para outro local. “Independente disso tudo, minha posição é contrária a permanência da unidade no local onde está. O bairro da Santa Cruz é uma região tradicional, com moradores antigos e não merece esse tipo de tormento. Para mim, a unidade deveria se instalar ao lado da base da Polícia Militar. Isso daria mais segurança. Ou que fosse deslocada para fora do perímetro urbano, como é com a unidade de internação.
Fonte: A Comarca
Mais notícias sobre Mogi Mirim:
- Primeira parcela do IPTU de Mogi Mirim vence nesta quarta-feira
- Polícia Militar prende mulher com pedras de oxi em Mogi Mirim
- Guarda Municipal de Mogi Mirim reforça segurança para coibir crimes na cidade
- Prefeitura de Mogi Mirim desativa postos de saúde rurais
- Greve dos Correios já atinge agência de Mogi Mirim